Memória da Terra

formação botânica do sítio arqueológico da grande aldeia Bö'u

Esta vasta formação florestal é o sítio arqueológico de uma grande aldeia Xavante, a aldeia Bö’u.

Existem vários outros sítios arqueológicos de aldeias similares espalhados por toda a margem ocidental do rio das Mortes, território ancestral do povo A’uwe-Xavante, atual estado do Mato Grosso.

A maioria encontra-se fora de terras indígenas demarcadas, e nenhum deles é reconhecido como patrimônio pelo Estado brasileiro.

Assim, estão sob iminente risco de serem destruídos pelo rápido avanço da fronteira agropecuária na região. De fato, muitos já foram irremediavelmente desfigurados pelo desmatamento.

Esta investigação apresenta um mapeamento extensivo e revelador (ainda que certamente incompleto) do “complexo arqueológico Xavante”.

Baseado neste estudo, encaminhamos um requerimento para que o IPHAN reconheça estes sítios como bens patrimoniais, com vista a protegê-los e preservar a memória do povo Xavante em sua materialidade arqueológica, territorial e paisagística.

Terras Indígenas Xavante atualmente demarcadas, leste do estado de Mato Grosso.

Sítios arqueológicos identificados

Arqueologia das aldeias Xavante

reconstituiçao arquitetônica das antigas aldeias

Rio das Mortes, documentário sobre a "pacificação" dos Xavante produzido pelo SPI em 1947.

Dos anos 1940 aos anos 1960, da ditadura de Vargas ao regime militar, o interesse do Estado em remover a população Xavante para colonizar suas terras desencadeou uma das mais extensas e violentas campanhas de “pacificação” operacionalizadas pelo Serviço de Proteção aos Índios (SPI), contando com direto suporte da Força Aérea Brasileira (FAB).

Esta campanha tornou-se um fenômeno midiático na época, sendo explorada em filmes, fotografias, e revistas ilustradas que narravam a “pacificação” colonial dos Xavante como um processo civilizatório de formação nacional.

reportagem da revista O Cruzeiro sobre as campanhas de pacificação do Serviço de Proteção aos Índios em terras Xavante, 1946.

Dentro deste arquivo visual, encontram-se várias imagens de antigas aldeias Xavante, assentamentos que foram ocupados até a metade do século XX.

Estas fotografias foram sempre tomadas de uma perspectiva aérea, antecipando a ocupação do território indígena através de voos de mapeamento operacionalizados pela FAB.

Através da análise e modelagem espacial destas imagens, reconstituímos a arquitetura das aldeias Xavante, que tradicionalmente são construídas na forma de um grande arco, com as casas circundando uma grande praça central.

Todos esses assentamentos encontravam-se perto de rios ou córregos, com a abertura do arco orientada para o curso d’água e a mata de galeria.

Seguindo a campanha de “pacificação” e remoções, menos de duas décadas depois que essas imagens foram registradas, todas essas aldeias haviam sido forçosamente abandonadas e não existiam mais.

Estas fotografias são registros de um patrimônio arquitetônico indígena muito antigo e também recente, patrimônio este que foi irremediavelmente destituído e destruído por ações do Estado brasileiro.

Entretanto, eram assentamentos tão antigos que deixaram longevas marcas no território e na paisagem, marcas arqueológicas que permanecem até os dias de hoje.

O “complexo arqueológico” Xavante

identificação e localização dos sítios das antigas aldeias

investigação do arquivo do projeto de mapeamento "Brazil Project", realizado entre 1966-1969 pelo regime militar com suporte dos Estados Unidos

Nossa investigação identificou vários sítios de antigas aldeias distribuídos por toda a região do Território Ancestral Xavante, ao longo do rio das Mortes.

Estes sítios são mais claramente visíveis quando observados em imagens de satélite históricas.

Estudando imagens produzidas pelo aparato militar dos EUA durante a Guerra Fria, localizamos uma série de marcas inscritas na superfície da terra que correspondem ao formato arquitetônico em arco das antigas aldeias.

Aldeia Huühi

Situado fora das terras Xavante demarcadas, este sítio arqueológico já foi completamente destruído.

Huühi Sítio 1

Huühi Sítio 2

Aldeia Arobonhipo’opá

Situado dentro da terra indígena Xavante de Pimentel Barbosa, este sítio arqueológico encontra-se preservado, com sua formação botânica intacta.

Arobonhipo’opá Sítio 1

Arobonhipo’opá Sítio 2

Aldeia Tsõrepré

Sítio arqueológico da aldeia Tsõrepré, grande centro geopolítico e cultural de todo o território ancestral da nação A’uwe-Xavante no rio das Mortes.

Tsõrepré

A posição geográfica destas “pegadas” é compatível com os lugares apontados pelos anciãos como sítios arqueológicos.

Através de oficinas de cartografia etnohistórica realizada com os anciãos, foi possível identificar o nome de cada uma das antigas aldeias.

mapeamento etnohistórico com os anciãos Policarpo Waire Tserenhorã, Dario Tserewhorã, Marcelo Abaré, e o cacique Domingos Tsereõmorãté Hö’awari, na TI Maraiwatsédé

A forma destas inscrições no território, verdadeiros “geoglifos” desenhados pela ocupação Xavante através de séculos, é notavelmente compatível com a forma arquitetônica das antigas aldeias modeladas através das fotografias.

Estas inscrições também são compatíveis com modos tradicionais de habitação e arquitetura Xavante verificados até os dias de hoje, as aldeias sempre sendo construídas em arco, com a abertura voltada para o curso d’água.

Aldeia central da TI Xavante Marãiwatsédé. Note a disposição em arco das casas e da formação botânica, com a abertura voltada para curso d'água

Apesar das dramáticas transformações na paisagem causadas pelo desmatamento voraz que se seguiu às remoções das décadas de 1940-1960, os antigos assentamentos Xavante deixaram vestígios duradouros no território, inscrições na terra que são claramente identificáveis através de imagens de satélite e também na própria paisagem.

"geoglifos" Xavante

Observados em conjunto, estes sítios compõem um vasto complexo arqueológico cuja importância histórica, cultural, artística e paisagística deve ser devidamente reconhecida e protegida pelo Estado brasileiro.

Arqueologia da Imagem

mapeamento do "complexo arqueológico Xavante" através da análise de imagens de satélite e modelagem espacial

“Quando os indígenas reivindicam suas terras, os governantes sempre perguntam: cadê os documentos que comprovam? Aqui estão as fotos que o próprio governo fez, e que servirão para o povo Xavante provar a existência das aldeias. As fotos das aldeias antigas são muito importantes porque elas podem ser registradas com o IPHAN. Esta instituição trabalha com vestígios do passado. É seu dever demarcar as áreas antigas, e também onde estão os vestígios dos antepassados Xavante. Por esse motivo que o IPHAN precisa demarcar essas áreas, para que sejam respeitadas mesmo se estão dentro de fazendas. Hoje nós só temos essas fotos, não temos nenhum outro documento oficial que garante a proteção dessas áreas”

– Caime Waiassé

Ruínas Vivas

florestas como patrimônio arqueológico-cultural

mapeamento em campo do sítio arqueológico-botânico da aldeia Bö'u, guiado pelo ancião Policarpo Waire Tserenhorã

Observando os sítios arqueológicos em imagens de satélite contemporâneas, nota-se que exibem uma característica semelhante, onde uma formação botânica, muitas vezes de porte florestal, cresceu sobre a antiga aldeia abandonada.

Essas formações arbóreas e florestais contêm espécies associadas à ocupação ancestral Xavante e seus sistemas tradicionais de manejo da terra.

Sua geometria arquitetural faz com que se destaquem na paisagem, revelando sua natureza antropogênica, “construída”, propriamente arqueológica.

formação arbórea do sítio arqueológico da aldeia Tsinõ

São, de fato, ruínas de uma arquitetura do passado, mas ruínas vivas como florestas.

Muitos destes sítios arqueológicos já foram completamente destruídos pelo avanço depredatório da fronteira agropecuária. Outros mantém-se relativamente preservados, com suas formações botânicas ainda presentes, ao menos parcialmente.

Bö’u

Bö’u é a primeira e a mais antiga aldeia do território originário de Marãiwatsédé, aldeia-mãe desde onde vários grupos migraram para fundar outras aldeias na região.

Ubdönho’u

Aldeia “satélite” de Bö’u, menor mas provavelmente tão antiga quanto a grande aldeia-mãe.

Tsinõ

Construída nos anos 1960 ao lado da sede da fazenda Suiá-Missú, Tsinõ foi a última aldeia habitada pelos Xavante de Marãiwatsédé antes da deportação realizada pela FAB em 1966.

Documentação de Bö’u: junto com os anciãos Policarpo Waire Tserenhorã, Dario Tserewhorã, e Marcelo Abaré, documentamos alguns destes sítios arqueológicos in loco, principalmente Bö’u, a aldeia-mãe de Marãiwatsédé. Grande parte da mata de Bö’u foi recentemente destruída em 2020 para transformar a área em plantações de soja.

Despossessão Territorial, Despossessão Patrimonial

a expropriação dos sítios arqueológicos Xavante

antiga aldeia Xavante fotografada durante as expedições de pacificação do SPI e da FAB

Antes do processo de “pacificação” dos anos 1940-1960, os Xavante ocupavam todo o leste do atual estado de Mato Grosso. Em menos de vinte anos, este território ancestral foi drasticamente esbulhado e reduzido.

Segundo o relatório final da Comissão Nacional da Verdade, esse processo foi conduzido por meio de violações de direitos sistemáticas, causando a remoção ou abandono forçado de inúmeras aldeias.

Ao longo dos anos 1980-1990, os Xavante protagonizaram várias lutas pela retomada e demarcação de suas terras.

Hoje, as TIs demarcadas configuram um “arquipélago” de áreas protegidas em meio a um oceano de áreas desmatadas, pastagens e plantações.

A despossessão territorial operacionalizada com a “pacificação” veio acompanhada de um processo de despossessão patrimonial. Muitos dos sítios arqueológicos identificados encontram-se fora das terras indígenas demarcadas.

Não estando sob custódia indígena, tampouco gozando de proteção patrimonial, o “complexo arqueológico Xavante” está sob risco de ser irremediavelmente destruído a qualquer momento.

A Destruição de Tsõrepré

a recente desfiguração da “acrópole” Xavante

imagens de satélite documentam o desmatamento das "ruínas botânicas" de Tsõrepré

Tsõrepré é igual a Acrópole do ocidental, onde começou a Grécia. A Grécia todo mundo conhece; para o povo Xavante, Tsõrepré é o inicio de tudo, é igual o que você conhece da Acrópole. Em todos os territórios Xavante, todo mundo sabe, desde os velhos até hoje, que Tsõrepré é vida, Tsõrepré é memória.

– Jurandir Siridiwe

Uma das mais antigas aldeias Xavante no rio das Mortes, provavelmente datada do século XVIII, Tsõrepré foi o grande centro geopolítico e cultural de toda a nação A’uwe-Xavante.

Narrativas orais documentadas entre todos os diferentes grupos Xavante reconhecem Tsõrepré como lugar originário, e lhe atribuem enorme importância histórica e simbólica, associando a antiga grande aldeia com um período de prosperidade distante dos colonizadores.

O sítio arqueológico de Tsõrepré situa-se fora das terras indígenas demarcadas, em uma área que sofreu extensivo desmatamento nas últimas décadas.

Além disso, encontra-se próximo da rota planejada para a rodovia BR-080, obra que terá impacto direto sobre a área da antiga aldeia.

Conforme se pode verificar em imagens de satélite contemporâneas, a formação botânica da aldeia Tsõrepré estava relativamente preservada até recentemente.

Esta imagem de 2017 mostra que, apesar do desmatamento da área envoltória, agora dominada por plantações de soja, a parte central do sítio permanecia preservada, indicando que o proprietário da fazenda sabia tratar-se de um sítio arqueológico indigena.

Imagens mais recentes mostram que o bosque de Tsõrepré foi destruído entre agosto e setembro de 2019, no contexto de crescentes pressões políticas locais e nacionais para avançar a construção da BR-080.

Este ato criminoso teve o claro objetivo de apagar evidências materiais da ancestralidade indígena deste território, e viola leis federais sobre a preservação do patrimônio arqueológico nacional.

Cronologia da Destruição de Tsorepré

17 maio 2017

Reconhecimento Patrimonial & Reparação Histórica

mapeamento das linhagens históricas de parentesto das antigas aldeias Xavante, realizado pelo cacique Domingos Tsereõmorãté Hö’awari

Seriam necessários estudos científicos mais aprofundados para determinar a idade precisa dos sítios arqueológicos Xavante, que remontam aos séculos XVIII e XIX.

Com base nas evidências fotográficas, sabemos que antigas aldeias como Bö’u, Ubdönho’u e Tsõrepré eram ocupadas até os anos 1940–1960, quando foram forçosamente abandonadas como resultado das políticas de pacificação-colonização implementadas pelo Estado brasileiro.

Estes sítios são documentos tanto da história antiga como da história recente. Testemunham sobre um passado indígena anterior às “pacificações” e conquistas coloniais. Ao mesmo tempo, registram o violento processo de desagregação social e territorial do anos 1940–1960.

modelo digital do sítio arqueológico da aldeia Tsinõ e seu cemitério

Conforme mostra o relatório final da Comissão Nacional da Verdade, os povos indígenas foram o grupo mais atingido pela violência de estado, especialmente após o golpe militar de 1964.

A deportação dos Xavante de Marãiwatsédé pela Força Aérea Brasileira em 1966 é um dos casos emblemáticos analisados pela CNV. Estas comunidades passaram por um processo violento de remoções que incluiu verdadeiros atos de terror, como a “invasão sistemática do território”; “assassinatos, inclusive com requintes de crueldade como a execução de crianças”; e “expedições punitivas de extermínio”.

complexo arquitetônico-arqueológico da sede da fazenda Suiá-Missu e aldeia Tsinõ

Considerando este contexto histórico, este requerimento de reconhecimento patrimonial apresentado ao IPHAN também está inserido dentro do escopo de ações reparatórias pelos crimes perpetrados pelo Estado brasileiro contra as comunidades Xavante.

Um dos elementos centrais da justiça de transição é o reconhecimento de espaços memoriais que visam recordar fatos históricos para a consciência pública, para que estes não sejam esquecidos e jamais se repitam. Os sítios das antigas aldeias Xavante carregam esta dimensão de lugares de memória do violento passado de formação nacional contra os povos originários.

É neste sentido que o requerimento ao IPHAN inclui o sítio de Tsinõ.

Aldeia bem mais recente, construída nos anos 1960 ao lado da sede da fazenda Suiá-Missu, onde os Xavante foram “confinados”, Tsinõ e seu cemitério têm grande importância memorial para as comunidades Marãiwatsédé por ter sido a última aldeia onde viveram antes da deportação pela FAB em 1966.

modelagem digital do sitio arqueologico de Tsinõ e cemitério

Como um espaço que testemunha a violência da ditadura militar, a dimensão memorial de Tsinõ, e de todo o conjunto arquitetônico da sede da fazenda Suiá-Missu, têm relevância histórica não apenas para os Xavante, mas para toda a sociedade nacional.

Desta forma, o requerimento ao IPHAN também solicita que a antiga sede da fazenda seja convertida em um memorial público, com o objetivo de fortalecer a cultura de direitos humanos e direitos indígenas na região.

Requerimento ao IPHAN

reconhecimento das antigas aldeias Xavante como paisagem cultural e patrimônio arqueológico e cultural nacional

formação botânica do sítio arqueológico da aldeia Tsinõ

Em que pese às múltiplas tentativas de apagamento da história indígena na região do rio das Mortes, tentativas recorrentes até os dias de hoje, a ocupação ancestral Xavante foi registrada em diversos documentos, dos quais um dos mais significativos é o próprio território.

O passado indígena dessa região, tanto antigo como recente, está gravado não apenas na memória coletiva do povo Xavante, mas também na memória da terra, com seus vestígios botânicos, suas arqueologias vivas em forma de árvores e florestas.

modelo digital do sítio arqueológico da grande aldeia Bö'u

Chamadas daróbrada, as antigas aldeias são como âncoras materiais da memória social dos Xavante, constituindo espaços de referência histórica e geográfica através dos quais se costura a formação de seu povo, seu território, e sua cultura.

Em outras palavras, a história e a cultura Xavante estão estruturalmente enraizadas no patrimônio arqueológico das antigas aldeias, e, em sentido mais amplo, no território e na paisagem ecológica de que fazem parte.

mapa da aldeia Udzurãiwawe elaborado em oficina de cartografia com os anciãos de Marãiwatsedé

O “complexo arqueológico Xavante” é certamente um dos mais significativos conjuntos arqueológicos indígenas do Brasil. No entanto, estes sítios permanecem praticamente desconhecidos e totalmente desprotegidos.

Grande parte destes sítios já foi destruída pelo avanço da fronteira agropecuária; aqueles que permanecem estão ameaçados de danos irreparáveis por não estarem sob custódia indígena nem sob proteção patrimonial do Estado brasileiro.

Caime Waiassé, apresentação do mapeamento na escola de Arobonhipo’opá, TI Xavante Pimentel Barbosa

Urge-se, portanto, que se atenda uma antiga demanda do povo Xavante e se implemente o devido reconhecimento e proteção patrimonial destes sítios arqueológicos

Este requerimento solicita que sítios arqueológicos de antigas aldeias do povo A’uwe-Xavante, situados em suas terras ancestrais no norte do estado do Mato Grosso, sejam reconhecidos e protegidos como patrimônio cultural, arqueológico, e paisagem cultural pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

Memória da Terra (documentário)

documentário das expedições de reconhecimento dos sítios arqueológicos Xavante

Memória da Terra (estudo)

arqueologias da ancestralidade e da despossessão do povo Xavante de Marãiwatsédé

Este requerimento está baseado no estudo Memória da Terra: arqueologias da ancestralidade e da despossessão do povo Xavante de Marãiwatsédé.

Todos os dados apresentados nesta petição estão respaldados por este detalhado estudo, que segue em anexo. Originalmente elaborado como parte de uma ação do Ministério Público Federal demandando reparação aos Xavante de Marãiwatsédé pelas violências de estado que sofreram durante o regime militar (1964-1984), Memória da Terra apresenta um levantamento inédito e detalhado de vários sítios de antigas aldeias por todo o território ancestral Xavante ao longo do rio das Mortes.

Observados em conjunto, estes sítios formam um vasto complexo arqueológico ainda praticamente desconhecido e pouco estudado, que encontra-se ameaçado de ser destruído ou danificado irreparavelmente por não estar sob custódia indígena nem sob proteção patrimonial do Estado brasileiro.

Realização

Requerimento para Reconhecimento das Antigas Aldeias Xavante como Paisagem Cultural e Patrimônio Cultural e Arqueológico Nacional
Submetido ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em abril de 2022.
Povo A’uwe-Xavante de Maraiwatsédé

coordenação:
Paulo Tavares

realização:
agência autônoma
advocacia.autonoma.xyz

equipe de investigação:
Domingos Tsereõmorãté Hö’awari; Policarpo Waire Tserenhorã, Dario Tserewhorã, Marcelo Abaré, e Magno Silvestre

consultoria histórica, cultural e etnográfica:
Damião Paridzané, Cosme Rité, Caime Waiassé, Jurandir Siridiwe, Policarpo Waire Tserenhorã, Dario Tserewhorã, e Marcelo Abaré

consultoria jurídica:
prof. Me. e advogado Bruno Martins Morais (Universidade Federal do Oeste do Pará)

modelagem digital e motion-design:
POLES.studio - Gabriel Kozlowski (coord), Miguel Darcy, Eduarda Volschan e Iara Carneiro

modelagem digital dos sítios arqueológicos:
Gabriel Menotti (Vulnerable Media Lab, Queen's University)

desenvolvimento web:
Bernardo Loureiro

comunicação:
Paula Marujo

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